segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dengo

Foi o nome que a minha mãe deu ao meu choro, toda vez que vou pra casa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Já tava mais que na hora

Saindo pra olhar a sala, que sem ver já me apaixonei.
Viagem abortada, é hora de investir em mim, na minha carreira, no meu futuro.
O peito aperta toda vez que revejo as contas, baixo um programa de computador ou mando um e-mail pra gráfica.
Dá medo. De não conseguir. De não ser competente o bastante. Forte o suficiente.
De não conseguir pagar as contas que já começam a chegar.
Começa agora. O vôo mais arriscado da minha vida.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Verdade

"Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro."

Como um grito

Meu Deus, como você me dói de vez em quando!

Mais dele

Meu coração tá ferido de amar errado.

Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém.

Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.

A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro.

Tudo já passou e minha vida não passa de um ontem não resolvido.

O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida.

Tenho dias lindos, mesmo quietinhos.

Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva.

Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

Meu Deus, como você me dói de vez em quando.

E passaria a noite copiando e colando citações do cara que parece que escreveu pra mim, sobre mim, que saiu de mim. Caio F.

Caio Fernando Abreu

Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora.

domingo, 2 de maio de 2010

O vento

Faz barulho aqui em cima.
O frio congela meu coração.

Sinto

Que a certeza de que ninguém me lê, vai levar minha mente a vagar por aí.
Sem pudores. Sem censura.
E com muitos personagens.

Mantra

Mas o que eu tô esperando mesmo é um amor.
Daqueles, prontinhos pra mim.
Alguns vieram, mas só pra ensinar.
Do próximo, prometo saber cuidar.

O cara da piscina

Gato, embora seus cabelos brancos o façam parecer além dos seus 35 anos.
Foi uma tarde de conversa superficial, mas agradável.
Depois de duas garrafas de vinho na piscina, subimos pra uma pizza.
A noite foi quente, mas sem sexo.
Passei a segunda apaixonada, e não percebi os sinais.
Depois de alguns desencontros, já que o cara não é chegado a cumprir o que promete, saímos pra jantar na quinta.
Estranho levar um amigo, mas enfim, o cara era de fora e tava na casa dele.
Mas eis que o melhor estava por vir.
O cara estava vestido de tio total.
Tênis de corrida, camisa pólo pra dentro de uma calça esquisitíssima, cinto de couro e pra arrematar, cabelo penteado de ladinho.
Verdade foi que não consegui demonstrar carinho pela pessoa. Eu não conseguia ter tesão naquilo!
Parece que o bruto percebeu minha decepção, e por bem, deu uma sumida.

Hoje é domingo

São quase 8 da noite de um fim de semana em que passei debruçada na cama.
Dei uma volta de tarde e encontrei um conhecido.
Até marquei uma saída à noite, mas dei um bolo e me desculpei com uma mensagem, que foi bem mais tarde que deveria.
Tenho problemas em dizer não.
Acabo em perdidos que influenciam para uma má-fama.
Eu não sei escrever ainda com as novas regras de português.
Me atropelo diante da possibilidade de um hífen.
Como sempre, deixo pra depois. Afinal, tenho até 2012.
Meu erro, minha culpa.

Num tempo

Em que eu acreditava.

A história de Lilly Braun



Lindo, e triste.
Cuidemos pra que não seja assim.