Repito

Às vezes a vida exagera na dose.
Não precisava tanto...

Ontem, noite perfeita, cheia de vinho e cumplicidade.
Hoje, ressaca de manhã, nada de trabalho.
Tarde longa, com direito a trabalho no interior.
Pega a estrada e vai. E volta.
Depois, ainda teve yoga.
Mas eu não podia de jeito nenhum deixar de encontrar meu amigo querido de infância, que veio pra BH pra mostrar que é bom de rally.
Muito bom encontrar quem a gente gosta.
Bom demais ter amigos.
Eu tenho um monte, e você?

Encravada

Por que tudo em mim encrava?
Unhas das mãos, todas dos pés, pêlos.
De vez em quando, até o coração encrava.

Em compensação...

Eu adoro gente inteligente, que tem sempre uma boa história pra contar.
Que já viajou o mundo, já leu o mundo, conhece o mundo, e ainda assim, valoriza cada momento, fazendo de todos especiais.
Gente que ri do mundo e sorri pra vida.
Esses eu quero sempre perto de mim.

Eu não gosto

De gente metida a intelectual.
Que vive fazendo citações, que já viu tudo, já leu tudo, que sabe de tudo.
Eu não gosto de gente que se acha melhor que os outros por isso ou aquilo.
De gente que se acha a última bolacha do pacote.
Não gosto de quem não está disposto a aprender.
Nem da arrogância pensada de certas pessoas.
Preguiça.

Porque eu não gosto de meio

Ou tudo, ou nada.
O mediano me cansa.
É pouco, é nada.
Metade, só de mim.

Às vezes tenho a sensação de estar sentada numa praia vendo o barquinho se afastar. Bem devagar.
Aos poucos ele vai diminuindo, até ficar bem pequenininho e se perder no horizonte.

Como mais uma lembrança bonita. Apenas.

Advogada ou o quê?

Pegando a estrada rumo a Pedro Leopoldo, retornando aos tempos vis de estagiária, para tirar cópia de um processo.
Eu mereço!

Não duvido mesmo!

Levando em consideração a lógica de um comentário no post sobre a mudança de nome da Av. Nossa Senhora do Carmo (pra mim, continua assim!), fica a pergunta:
Será que vão inventar de mudar os nomes dos bairros São Pedro, Santa Lúcia, Santo Antônio e Santa Teresa pra simplesmente Pedro, Lúcia, Antônio ou Teresa?!

Só tu

Dos lábios que me beijaram
Dos braços que me abraçaram
Já não me lembro, nem sei...
São tantas as que me amaram
São tantas as que eu amei!
Mas tu - que rude contraste
Tu, que jamais me beijaste
Tu, que jamais abracei
Só tu, nest'alma, ficaste
De todas as que eu amei.
(Paulo Setúbal)

Revidando o Revide

Chico Buarque pra mim é inquestionável.
Não me importa se sua literatura é boa ou ruim.
Não consegui terminar de ler Budapeste, nem tampouco tentei outros.
Mas diante de Chico toda minha personalidade se esvai, e não consigo questioná-lo.
Não importa, tem A Rita, tem Beatriz, Construção, Um tempo que passou. Tem Cotidiano.
Tem todo seu legado à MPB.
Tem tanta delicadeza e sensibilidade traduzidas em música.
Não questiono, sinto.
E ainda tem seus olhos azuis.

Agora é que não anda mesmo!

A Av. Nossa Senhora do Carmo virou Av. Senhora do Carmo.
Não gostei.

"Mas que eu queria, eu queria.
Só um pouquinho eu queria.
Assim pra ver eu queria.
Mas vamos deixar pra lá..."

Chega perto

Diz oi. Me fala seu nome que eu digo o meu.
Fala de amenidades. De possibilidades.
Combina um chopp e depois algo mais.
O que nossos olhos pedem faz tempo.
Em todos os lugares que o acaso nos colocou diante do outro.
Os olhos desejam, mas o resto permanece inerte.
As mãos não tocam, a boca não fala.
Em mim fica o cheiro que nunca senti, a voz que nunca escutei e o gosto que nunca provei.
Mas que estão impregnados em mim.

E a amiga falou

Até os "bicho-grilos" desse lugar são bonitos.
Sem saber, era a "ele" que ela se referia.

Msn do dia

"A confiança em si mesmo é o primeiro passo para o sucesso."

Caio Fernando Abreu

"Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão."

let yourself feel. from Esteban Diácono on Vimeo.

Da delicadeza das cores.
Da sensibilidade da música.
Da pureza da poesia.
Do incerto do hoje.
Do tamanho das vontades.
Da leveza da alma.
Do calor do coração.
Do vazio de mim.

Me dei conta de que já é sexta-feira e eu não vi a semana passar.
Tô achando mesmo que ela passou correndo por mim, enquanto eu tava ocupada fazendo milhões de coisas inadiáveis.
Semana corrida, de trânsito caótico. Queria entender o que está acontecendo aqui, definitivamente essa semana tá muito pior, por qualquer rota alternativa que eu decida passar e pra qualquer lugar que eu vá.
Semana de muitos recursos, reuniões, audiências, contratos.
Semana em que o telefone tocou sem parar.
Semana em que eu resolvi um mundo de coisas.
E que eu perdi a yoga por causa da conjugação de todos os fatores aí de cima.
Semana que sequei algumas garrafas de vinho, sozinha em casa, sonhando com o impossível. Ou não.
Semana que não fui ao cinema, que não saí com os amigos.
Semana que decidi que vou dar um tempo nas compras.
Semana que chegou a fatura do cartão, e aí está a razão do tal tempo nas compras...
Essa semana até o orgulho de nunca ter esbarrado o carro foi por água abaixo. Mas continuo tendo a certeza de que aquela pilastra dançava uma valsa justo na hora em que eu saía com o carro.
Semana que eu passei raiva por causa da desonestidade das pessoas.
Semana, semana, semana.
Que termina com uma reunião agora cedo, só pra começar.

No trabalho

Sem falsa modéstia, sou competente.
Mas só faço as coisas de última hora.
Quando vou aprender?

Tem umas duas semanas que não vou na yoga.
Meu corpo tá implorando.

Ponto de vista

Um monte de coisas acontecendo.
E ao mesmo tempo, nada.

Pode se perfumar, porque eu tô voltando...

Proporcional às minhas contas de celular é o prazer que tenho em falar com meus amigos.
Hoje foi uma hora de interurbano divididos entre dois grandes amigos da época da faculdade.
Se pudesse falaria com eles todos os dias.
Como na época em que éramos a nossa família, e não nos desgrudávamos, dividindo um tudo que nem era tanto assim.
Quero poder estar mais com eles, sei que em breve vai ser mais fácil, nossas vidas estão se estabilizando.
Por enquanto, haja telefone.

À espera do improvável.
Eu ainda acredito em milagres.

Tem alguma coisa que não deixa eu colocar pra fora tudo que tô sentindo.
Dói até de pensar. Nó na garganta. Nó de pescador.
O tempo faz a gente esquecer as coisas.
O que eu queria esquecer não sai da minha cabeça.
Já tô me esquecendo da sensação de felicidade.
Quando o que eu só queria era vivê-la, plenamente.

Inspira dignidade.
Expira possibilidade.

Falta lágrima pra tanta TPM.

Maré

Quando você pensa que tá ruim, piora!

Como os pássaros

Os dias estão voando.

Eu queria conseguir decifrar as respostas que me tem vindo.
Mas definitivamente, o sentimento e a parcialidade não me permitem.

Voz da experiência

Minha mãe fala uma coisa que eu tento lembrar todo dia:
"Não há bem que dure para sempre, nem mal que nunca se acabe."

Perguntas que não aguento mais responder

Você vem sempre aqui?
Você não vai fazer concurso?
Você sabia que se parece com cicrana?
Você não tem namorado?!
Você conhece o fulano de tal?
Você? Você? Você?

Constatação inútil

Eu sou mesmo uma velha resmungona.

Esperando.
Sempre.

E o inverno continua

Acabei de chegar em casa.
Parece madrugada de janeiro.

Eu não sei você, mas eu sozinha aqui sou um desperdício.

Tem gente que não sabe conviver com pessoas que tem luz própria.
Azar, perdem a chance de se iluminar também.

A música

 Marina Machado - Grilos